Astrônomos viram pela primeira vez um disco empoeirado de material em torno de uma estrela jovem fragmentando-se num sistema estelar múltiplo. Esta imagem mostra novas observações obtidas pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), instalado no Chile, e revela o processo em ação!
As estrelas formam-se em nuvens cósmicas de gás e poeira, quando o material rarefeito nas nuvens colapsa gravitacionalmente em núcleos densos que, por sua vez, atraem material adicional. O material que cai nos núcleos densos forma um disco em rotação em torno da estrela jovem, que é lentamente consumido. Eventualmente, a jovem estrela junta massa suficiente no seu centro, o que faz elevar a temperaturas e pressão, dando início à fusão nuclear.
As estrelas sem companheiras — como o nosso Sol — não são tão comuns como se pensava anteriormente. Na realidade, quase metade das estrelas da nossa galáxia têm pelo menos uma companheira e algumas são ainda mais sociáveis! Estudos anteriores indicaram que estrelas em sistemas múltiplos tendem a estar relativamente próximas umas das outras, cerca de até 500 vezes a distância Terra-Sol (chamada uma Unidade Astronômica ou UA), ou significativamente mais afastadas, a mais de 1000 UA.
Dadas estas enormes diferenças, os cientistas concluíram que existem dois mecanismos que dão origem a sistemas estelares múltiplos — ou a nuvem original colapsa de forma instável e fragmenta-se, com cada fragmento subsequentemente colapsando para formar uma nova estrela, ou o disco de rotação em torno de uma estrela existente fragmenta, com o mesmo resultado. Os sistemas com maiores separações formam-se muito provavelmente pelo primeiro processo (como sugerido por estudos observacionais recentes) e famílias estelares mais próximas formam-se pelo segundo processo (embora houvesse até agora poucas evidências deste processo).
Novos dados obtidos pelo ALMA oferecem agora evidências observacionais desta conclusão. Esta imagem mostra o segundo processo em ação, observado no novo sistema estelar triplo L1448 IRS3B. O trio ainda se encontra profundamente embebido na sua nuvem progenitora na constelação de Perseus, a cerca de 750 anos-luz de distância da Terra, alimentando-se vorazmente do material do disco que o rodeia. O ALMA revelou a estrutura em espiral deste disco, uma característica que indica instabilidade gravitacional.
As estrelas sem companheiras — como o nosso Sol — não são tão comuns como se pensava anteriormente. Na realidade, quase metade das estrelas da nossa galáxia têm pelo menos uma companheira e algumas são ainda mais sociáveis! Estudos anteriores indicaram que estrelas em sistemas múltiplos tendem a estar relativamente próximas umas das outras, cerca de até 500 vezes a distância Terra-Sol (chamada uma Unidade Astronômica ou UA), ou significativamente mais afastadas, a mais de 1000 UA.
Dadas estas enormes diferenças, os cientistas concluíram que existem dois mecanismos que dão origem a sistemas estelares múltiplos — ou a nuvem original colapsa de forma instável e fragmenta-se, com cada fragmento subsequentemente colapsando para formar uma nova estrela, ou o disco de rotação em torno de uma estrela existente fragmenta, com o mesmo resultado. Os sistemas com maiores separações formam-se muito provavelmente pelo primeiro processo (como sugerido por estudos observacionais recentes) e famílias estelares mais próximas formam-se pelo segundo processo (embora houvesse até agora poucas evidências deste processo).
Novos dados obtidos pelo ALMA oferecem agora evidências observacionais desta conclusão. Esta imagem mostra o segundo processo em ação, observado no novo sistema estelar triplo L1448 IRS3B. O trio ainda se encontra profundamente embebido na sua nuvem progenitora na constelação de Perseus, a cerca de 750 anos-luz de distância da Terra, alimentando-se vorazmente do material do disco que o rodeia. O ALMA revelou a estrutura em espiral deste disco, uma característica que indica instabilidade gravitacional.
Notas
O ALMA, uma infraestrutura astronômica internacional, é uma parceria entre o ESO, a Fundação Nacional para a Ciência dos Estados Unidos (NSF) e os Institutos Nacionais de Ciências da Natureza (NINS) do Japão, em cooperação com a República do Chile. A construção e operação do ALMA é coordenada pelo ESO, em prol dos seus Estados Membros; pelo Observatório Nacional de Rádio Astronomia dos Estados Unidos (NRAO), que é gerido pela Associação de Universidades, Inc. (AUI), em prol da América do Norte e pelo Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ), em prol do Leste Asiático. O Observatório ALMA (JAO) fornece uma liderança e direção unificadas na construção, gestão e operação do ALMA.
Links
- Um artigo científico associado “A triple protostar system formed via fragmentation of a gravitationally unstable disk”, de J. Tobin et al., foi publicado a 27 de outubro na revista Nature.
- Nota de imprensa do NRAO
ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/J.J. Tobin (University of Oklahoma/Leiden University)
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